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L. R. Arcano

O Arsenal dos Piratas — Conheça as Armas Usadas na Era de Ouro da Pirataria

Armas Presentes no Arsenal dos Piratas
Algumas Armas do Arsenal dos Piratas – Foto por Polygon Maker

O arsenal dos piratas possuia uma vasta gama de armamentos durante a ‘Era de Ouro da Pirataria’, um período conturbado que teve seu início no século XVII e terminou no século XVIII. Nesse meio tempo, quando a bandidagem dominou os oceanos, os denominados piratas dominaram a arte da guerra com diversas armas e táticas, que lhes garantiam a vantagem em muitas de suas abordagens.

Peritos na arte de roubar e matar, eles tinham armas que iam desde machados e sabres, até armas de fogo, bombas e canhões com muitas munições diferentes. Quer saber um pouco mais sobre o armamento usado pelos piratas na Era de Ouro da Pirataria? Conheça agora sete armas usadas a bordo de um navio pirata.

Machado de Abordagem

Uma tática comumente usada pelos gatunos do mar era a abordagem de embarcações inimigas. Nas batalhas navais, a abordagem consistia em invadir o navio inimigo e fazer com que a tripulação se rendesse por quaisquer meios necessários. Nessas ocasiões, uma das armas amplamente usadas era o machado de abordagem. Ele podia ser usado tanto como ferramenta, para cortar cordas, escalar cascos e quebrar portas, quanto como uma arma mortal.

Isso acontecia pois o machado de abordagem contava não somente com a lâmina, mas também, no lado oposto, um espigão, tornando-o uma ferramenta multiuso importante no arsenal dos piratas.

Machado de Abordagem Pirata (Boarding Axe)
Réplica de um Machado de Abordagem (Boarding Axe)

Mosquete Pederneira

Para alvos distantes e precisão, somente uma arma vinha em mente: o mosquete. Mais precisas do que pistolas, menos destrutivas que um canhão, esse armamento era utilizado em quaisquer investidas, sendo devastadores quando bem utilizados. Em navios piratas, era comum existir especialistas em tiros a distância que se aninhavam no ‘Ninho do Corvo’, uma estrutura elevada nos mastros que permitia uma vantagem de posição para os “snipers”.

Os mosquetes eram armas longas, de difícil uso devida à demora para recarga. Para disparar, o rifle era carregado com pólvora e depois com uma bala de chumbo pelo cano. Antes, em meados do século XVI, a arma era acionada por mechas incendiárias que queimavam até explodir a pólvora e cuspir o projétil, mas, na era dourada dos piratas, o mosquete já contava com um acionamento “automático” por pederneira. Era só mirar, apontar e FOGO!

Pistola Pederneira

Pistola Pederneira (Flintlock Pistol)
Pistola Pederneira (Flintlock Pistol) – Foto por Irongate Armory

Similar ao mosquete, porém bem menor e menos precisa, as pistolas eram muito requisitadas quando o assunto era saquear. Sendo leves e podendo facilmente ser manejadas com apenas uma mão, não era incomum ver piratas carregando várias delas. O próprio Barba Negra era representado sempre, em imagens e relatos, com cerca de seis pistolas em diversos coldres espalhados pelo corpo. Pode parecer muito, e realmente era para a época, mas tantas pistolas garantiam para ele somente seis disparos pois, assim como o mosquete, elas eram armas de disparo único.

Bacamarte

Uma espécie de percursora das cartucheiras, ou escopetas, o bacamarte era mortal e de uso um pouco mais difícil devido seu recuo. Possuía o cano curto e a ‘boca’ larga, e era recarregado com pólvora e projeteis únicos maiores ou múltiplos pequenos, como estilhaços. Seus tiros, apesar de imprecisos, eram perfeitos para aniquilar inimigos próximos.

Canhões

O que seria de um navio pirata sem um bom conjunto de canhões, não é mesmo? Eles foram armas essenciais no arsenal dos piratas, feitas para a batalha naval, sendo usados para inutilizar ou intimidar embarcações das quais havia interesse em ser capturadas. A maioria dos navios piratas eram projetados para priorizar a velocidade e agilidade, tanto para escapar quanto para perseguir inimigos, por isso, a maioria das embarcações usadas por eles não tinham tantos canhões. Mas existiam exceções, como é o caso do Galeão Adventure, do Fancy e do Vingança da Rainha Anna que de acordo com relatos contavam com um arsenal invejável de aproximadamente de 40 canhões.

Diferente do que se pensa, não existia apenas um tipo de bala de canhão no arsenal dos piratas. Além da comum, a esfera maciça de metal, era possível carregar a arma com balas acorrentadas (duas balas de canhão menores, acorrentadas uma na outra), tiros explosivos e munição de metralha, que cuspia estilhaço e morte por onde passasse, além de ser bastante efetiva para fazer buracos em velas.

Sabre de Abordagem (Cutlass)

O sabre pirata é facilmente reconhecível em qualquer mídia. Uma lâmina curta, curvada, geralmente conta com uma proteção para as mãos e tem apenas um dos gumes afiados. O sabre de abordagem é uma companhia inseparável de qualquer marinheiro, sendo amplamente usada em alto mar no século XVII e XVII. Eram espadas versáteis, que podiam ser usadas em batalha para combate corpo-a-corpo e como ferramentas, substituindo outras lâminas como o facão para tarefas diversas.

Sabre de Abordagem (Cutlass)
Sabre de Abordagem Pirata (Cutlass)

Granadas ou Bombas

Algumas tripulações podiam carregar consigo um estoque com bombas, ou granadas. Feitas geralmente de garrafas de vidro ligadas à pavios curtos, eram recheadas de pólvora e estilhaços ou balas. Funcionavam de forma parecida com os Cocktails Molotov que conhecemos: o pavio era inflamado e então atiravam a bomba, esperando o estrago.

Existiam também variações dessas bombas. Versões incendiárias e uma conhecida como stinkpot (Pote Fedorento, em tradução livre) que eram recheadas de substâncias químicas, as vezes intoxicantes como enxofre. Quando explodiam, liberavam uma nuvem fedorenta capaz de desnortear os inimigos e causar frenesi entre os atingidos. Essas bombas eram o equivalente a uma arma química no arsenal dos piratas, muito desagradáveis e com potencial de desestabilizar uma tripulação inteira.

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4 comentários em “O Arsenal dos Piratas — Conheça as Armas Usadas na Era de Ouro da Pirataria”

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