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L. R. Arcano

A Diferença Entre Piratas, Corsários e Bucaneiros

Pirata Henry Avery
Henry Avery – O Rei dos Piratas

É difícil dizer ao certo quando foi que a pirataria surgiu, alguns historiadores dizem que desde que comerciantes começaram a transportar mercadorias pelo mar, também surgiram os primeiros piratas. Assim como os saqueadores comuns, buscavam seu enriquecimento através do roubo e pilhagem e até mesmo na Odisseia, de Homero, há registros de que em 730 A.C. navios fenícios e assírios eram pilhados por bandidos em alto mar. O imaginário pirata, como o conhecemos atualmente, teve seu auge por volta do século 17 e 18, no período que chamamos de Era de Ouro da Pirataria. Foi um período conturbado, em que a anarquia e a barbárie dominaram os oceanos, mas que muitos homens fizeram seu nome e ficaram marcados para sempre na história. Nesse artigo, descubra todas as diferenças entre piratas, corsários e bucaneiros e em como, de certa forma, todos eles praticavam o ato da pirataria.

Os Piratas – Anarquia e Roubos em Alto Mar

Se temos hoje obras como Piratas do Caribe, Black Sails, o jogo Assassin’s Creed: Black Flag e diversas mídias do tipo é por causa deles, os infames piratas. Sua passagem pelos mares, em especial o Oceano Atlântico e Índico, ficou marcada na história. As suas práticas são, até hoje, controversas. Elas são interpretadas por alguns como uma espécie de anarquia, revolta ou revolução – homens destemidos desafiando nações – e por outros como simples bandidos do mar, vis e gananciosos.

A verdade é que eles fizeram um belo estrago e foram caçados por isso, até sua praticamente extinção. Mas, enquanto ainda testavam na ativa, os piratas eram temidos por onde passavam. Eles roubavam de navios, de ilhas e até de cidades inteiras, seus alvos eram quaisquer que conseguissem colocar as mãos. Se existia a oportunidade de lucro e a prospecção de um alvo fácil, lá eles estavam.  Clique Aqui e Conheça + Sobre o Arsenal Usados Pelos Piratas.

Sem respeito às leis de quaisquer países, sem bandeira proclamada senão a negra e sem um futuro ou destino certo; era assim que viviam. Sim, eles possuíam suas bases, e as vezes até mesmo ilhas em que eram bem-vindos como era o caso de Nassau, Port Royal e outras espalhadas por aí, mas, em grande parte do globo, eram alvos da lei e tratados como escória.

Corsários – A Carta de Corso e a Pirataria “Legalizada”

Cartaz de Procurado - Willian Kidd
Cartaz de Procurado do Ex-Corsário Willian Kidd

O corsário, por sua vez, pode ser definido simplesmente como um “pirata legalizado”. Diferente dos piratas, que respondiam somente ao seu capitão e aos seus superiores a bordo, os corsários respondiam à líderes de nações ou forças armadas organizadas de um país. Eram contratados para caçar piratas, atacar cidades de nações inimigas e navios também quando era do interesse de seu país enfraquecer ou amedrontar os oponentes.

Eles recebiam a Carta de Corso, que era um tipo de endosso por parte de sua nação que o permitiam cometer todo tipo de atrocidade em nome de sua bandeira. Isso tornava seus saques legalizados e tributáveis, dando um ar de oficial para suas atividades. Mas, sem surpresa, seus atos eram sim considerados uma espécie de pirataria, principalmente pelos agredidos. Existiram muitos corsários famosos, como Henry Morgan, Willian Kidd (que mais tarde seria condenado por seus crimes e mandado à forca) e vários outros. Seus nomes eram mais bem-vistos, dado que, de certa forma, eles praticavam “justiça” pela sua nação.

Bucaneiros e Suas Práticas Ilícitas

Representação de um Bucaneiro
Representação de Um Bucaneiro

O nome “Bucaneiro” vem do termo francês bucan, que era o nome do instrumento que esses indivíduos usavam para defumar carne. Os chamados bucaneiros eram, de início, piratas franceses que aportaram na ilha Hispaniola por volta de 1600. Eles tomaram para si o local, onde hoje se encontra o Haiti, e fizeram dele uma terra sem lei que atraiu todo tipo de criminosos, escravos fugidos e perseguidos pela Inquisição.

Originalmente, ganhavam a vida com a caça, pesca, comércio e, quando existia a oportunidade, eventuais saques e captura de restos de naufrágio. Eles eram conhecidos por usar a técnica de defumação ensinada pelos nativos de Hispaniola para conservar a carne por mais tempo, a qual consumiam e vendiam para embarcações que paravam na ilha para abastecer suprimentos.

Eventualmente, tiveram que migrar e muitos deles escolheram a lendária ilha de Tortuga como sua nova casa e lá ficaram por anos a fio. Mais tarde, o termo “bucaneiro” passou a se referir não só a esse restrito grupo de pessoas, mas, à maioria dos piratas e corsários originários de bases nas Índias Ocidentais.

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Capa do Livro O Chamado das Profundezas
Capa de “O Chamado das Profundezas” de L. R. Arcano

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2 comentários em “A Diferença Entre Piratas, Corsários e Bucaneiros”

  1. Pingback: A Comida dos Piratas: Alimentação em Um Navio Pirata

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