As Portas de Pedra – Revelações e Segredos do Prólogo

“A Pousada Marco do Percurso estava em silêncio, e era um silêncio em três partes“.  Esse início de livro é como um velho amigo que a muito não se via. Ele pode parecer a mesma introdução de sempre para olhos desavisados mas, se observada com mais atenção, pode ser que note um ou mais segredos escondidos por de trás das aparências. Por isso resolvi escrever essa postagem, dissecando o prólogo de “As Portas de Pedra” e revelando seus segredos, escondidos habilmente nas entrelinhas.

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Atualmente, Patrick Rothfuss anda mais ativo em relação à escrita em geral e isso pode ser um bom sinal  de que, finalmente, a espera pelo terceiro livro esteja chegando ao fim. Quem sabe o que 2024 nos reserva, não é mesmo? Mas, enquanto não temos mais informações sobre o futuro da série, o próprio prólogo do futuro livro revelou um pouco do que nos guarda e também levantou uma teoria a respeito da forma com que a Pousada foi criada. Confira:

O Segundo Silêncio em “As Portas de Pedra”

Essa é a parte mais óbvia, mas que alguns podem não ter pescado. No segundo silêncio é dito que no ar do porão paira o cheiro de fumaça e ferro chamuscado, além de “evidências de um trabalho apressado”. Junte isso com os pequenos barulhos do ácido pingando e da fornalha esfriando lentamente e isso nos revela que Kvothe “do futuro” (ou do presente se formos pensar bem) estava trabalhando em algo no porão. Mas o que seria? Ele trabalhava na forja de alguma arma ou item feito de ferro puro ou de aço!

O ácido é muito usado para temperar metais forjados, geralmente o aço, essa têmpera faz com que o material fique mais duro e resistente do que o normal. A fornalha e o cheiro de fumaça e ferro chamuscado só fortalecem esse fato. Agora, o motivo do trabalho apressado de Kvothe é o que vamos ter que esperar para descobrir…

O Terceiro Silêncio em “As Portas de Pedra”

Esse não era algo fácil de se notar. O que vou dizer aqui é uma parte factual, revelada explicitamente, e uma teoria minha a respeito da pousada. Nesse silêncio é revelado que foi o próprio Kvothe/Kote, o dono da estalagem, foi quem arquitetou a Marco do Percurso, algo que não havia sido mencionado em nenhum outro volume da saga. É compreensível que assim seja pois, como foi mostrado antes, ele era extremamente inteligente e de certa forma gostava de fazer, ele mesmo, as coisas. Esse fato está explicito na frase “… estava nas mãos do homem que havia projetado a pousada”. 

Agora vem a teoria que eu criei. A frase acima foi disposta posteriormente a um outro silêncio que “se aninhava profundamente na cinzenta fundação de pedra“. Não acredito em coincidências quando se trata do Sr. Rothfuss. Isso me levou a crer que a pousada, projetada por Kvothe, é literalmente feita de pedras marco do percurso. 

As pedras marco são encontradas, geralmente, em estradas de Temerant e eram usadas pelos Edena Ruh como pontos de descanso sempre que encontradas. As pedras marco eram chamadas por alguns de pedras cinzentas e é implícito nos livros que elas (talvez não todas) são usada como portas ou portais que levam até o mundo dos Fae (fadas). Kvothe, inclusive, quando escapa de Feluriana e sai do Fae, se encontra em um local repleto de pedras marco. 

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Assista ao Vídeo Sobre a Teoria

Bem, essa é a teoria e, apesar de ser puramente especulativa, acredito que seja real. A Marco do Percurso ser feita por pedras retiradas de grandes portas de pedra,  em um livro que vai se chamar “Portas de Pedra” não me parece coincidência. E para você, parece?

CONHEÇA O NOVO LIVRO DE PATRICK ROTHFUSS

Mas, enquanto o tão aguardado lançamento não chega, tivemos novidades em 2024: uma nova obra de Patrick Rothfuss. Dessa vez, algo parecido com o que ele fez com “A Música do Silêncio” porém acompanhando o personagem Bast! Clique aqui para ver o artigo que fiz falando um pouco sobre esse novo lançamento.